A luta contra os actuais e futuros roubo dos salários, pela defesa dos Acordos de Empresa, pela reposição dos direitos e contra a privatização das empresas ferroviárias, é um processo que já foi, é e será compostos de muitas lutas e não apenas um momento, É uma luta insistente que incomoda e desgasta aqueles que querem destruir a vida dos trabalhadores ferroviários. Depois da grande luta dos trabalhadores da EMEF no passado dia 11, hoje, os trabalhadores das restantes empresas do sector estão em greve, com determinação e vontade de conseguirem atingir os seus objectivos, que são o de terem uma vida digna e com o pagamento justo do seu trabalho. Esta greve está a ter uma forte adesão na CP-Carga, com a paralisação quase total da actividade e com expressões diferentes noutras empresas, muito devido aos constrangimentos impostos pelas ilegalidades cometidas em torno da questão dos chamados serviços mínimos, que por decisão aberrante de um acórdão, se transformaram em serviços máximos. FECTRANS

No entanto no que ao transporte ferroviário de passageiros diz respeito, verificam-se constrangimentos e supressões de comboios em todo o País, verificando-se um grande afã dos responsáveis da CP, em substituírem trabalhadores em greve, para atingirem um objectivo de realização de comboios, nos termos de uma lista de circulações que apenas os responsáveis das empresas sabem qual é, já que não cumpriu a informação devida à estrutura sindical, que associado à quantidade de cartas distribuídas, (Na REFER os trabalhadores foram nomeados para cumprirem serviços mínimos durante todo o período de trabalho) poderemos estar perante mais uma etapa, agora mais evoluída, de limitar o direito à greve. Mas toda esta acção dos responsáveis das empresa, demonstra que têm medo da luta organizada dos trabalhadores, porque sabem que mesmo aqueles que não resistiram às pressões, se identificam com as reivindicações e objectivo da luta de todos os ferroviários É forte a expressão de luta dos ferroviários, que tem que continuar, num momento em que o governo anuncia, para este ano, mais cortes nos salários e nas remunerações e que tem já anunciada, na primeira semana de Abril, nova acção de luta dos trabalhadores da EMEF.