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O governo tem pela frente a determinação dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, que hoje, numa nova luta parcial, demonstraram que não cedem perante as pressões exercidas pelo governo e exigem a reposição do seu acordo de empresa, como forma de normalizar as relações de trabalho.

A adesão dos trabalhadores foi esmagadora o que está a desnortear o governo e seus executores de ordens nesta empresa e, pela primeira vez, os dirigentes sindicais, no exercício dos seus direitos numa situação de greve foram impedidos de entrar nas instalações da empresa.

Numa reunião hoje realizada entre as organizações de trabalhadores foi decidido convocar um plenário para dia 29 de tarde, dia em que se repete a luta parcial entre as 6 e as 10 horas.

FECTRANS

Nesta empresa que está a exigir sacrifícios aos trabalhadores e anunciar despedimentos, estamos confrontados com medidas de aumento de salários de quadros superiores e até o próprio presidente viu o seu salário aumentado.

De acordo com as contas da Carris de 2011, o Presidente recebeu de Remuneração base anual/fixa 96 926€. Com as reduções diversas passou a uma Remuneração Anual Efectiva de 82 871€. Recebeu ainda de utilização de comunicações móveis – 1185€ e em combustível 2207€.

Em 2012, depois da fusão:

O salário que passou a receber como Administrador da Carris e do Metro é de 107 576€ (Valor Mensal ilíquido 5722€ vezes 14 – 80 108€, mais despesas de representação de 2 289€ vezes 12 – 27 468€). Ou seja, viu a sua remuneração anual fixa aumentar consideravelmente! Já em comunicações móveis o seu plafond baixa, passando para 960 euros, mas em compensação, para combustível e portagens dispara para 6867 euros! Pode-se dizer que é o assalariado mais caro da Carris/Metro, o que mais foi aumentado (sendo que nenhum trabalhador o foi!) e o que mais prejuízos provoca à empresa!