Na semana da Igualdade promovida pela Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN, mais precisamente no dia 9 de Março, estivemos na Escola Básica Eugénio dos Santos, em Alvalade, com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas do sul e Regiões Autónomas, e com o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, para homenagear os profissionais da Educação , sector de actividade exercido maioritariamente por mulheres, que são elogiadas pelo trabalho que fazem, mas continuam a ser preteridas nos direitos e esquecidas nos salários e nas carreiras.

Francelina e Artur Sequeira explicaram alguns dos principais problemas que afecta a Escola Pública, ou seja a falta de trabalhadores, nomeadamente auxiliares em número suficiente, considerando o tamanho  das escolas com intervenção da Parque Escolar  e que aumentaram todas a sua área, daí serem necessários mais funcionários  Estes profissionais muitas vezes invisíveis mas essenciais ao funcionamento das escolas, estes profissionais têm múltiplas funções, como o apoio directo aos professores, a segurança, a portaria e a higienização das salas. Além disso, têm de estar atentos a alunos com necessidades educativas especiais. “Muitas vezes, têm de prestar cuidados às crianças com necessidades educativas especiais e em paralelo têm de tomar conta ao lado das restantes. Os baixos salários e a precariedade dos vínculos laborais são uma realidade com que muitos trabalhadores estão confrontados. 

Albertina e Ana Rita do SPGL, fizeram uma saudação a todos os trabalhadores nomeadamente ao pessoal docente salientando a importância que a escola pública tem na mudança de mentalidades e de estereótipos e como a luta pela Igualdade é fundamental para a emancipação das mulheres. Os professores e professoras foram incansáveis, neste tempo de pandemia. O ensino à distância forçou a serem tomadas medidas, que muitos não estavam preparados, sem equipamentos, e condições habitacionais, e mesmo assim nunca deixaram nenhum aluno sem apoio, estiveram sempre disponíveis para os atender.

Nesta semana da Igualdade ficou sublinhado a importância da dignificação salarial e funcional, o fim do processo de desresponsabilização do Estado central e de descentralização/municipalização da escola pública” e ainda uma “escola pública universal, inclusiva e de qualidade”.