capa_jtrabalhadoresVindos de todos os distritos, milhares de jovens desfilaram Sexta-feira, na baixa de Lisboa, contra a política de direita, que gera desemprego, precariedade e baixos salários. A luta por uma nova política, por contratos efectivos e melhores condições de vida e de trabalho, vai continuar no 25 de Abril, no 1.º de Maio e nas eleições de 5 de Junho.
A manifestação foi convocada pela Interjovem/CGTP-IN e na sua preparação foram realizados contactos com mais de 150 mil jovens em empresas e serviços. De acordo com os distritos de origem, os jovens trabalhadores começaram por se reunirem em dois pontos: junto ao Metro do Intendente e no interface do Cais do Sodré. Pouco depois das 15 horas, partiram em desfile, tomando como destino comum a Praça da Figueira. Jovens de diferentes sectores de actividade, tanto de empresas como da Administração Pública, tomaram as ruas da baixa durante quase duas horas.

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Depois de descerem a Rua do Ouro - que ficou totalmente preenchida -seguiram pela Rua da Conceição e subiram a Rua Nova do Almada, num percurso animado por carros de som, megafones e milhares de vozes, gritando as reivindicações dos jovens e da CGTP-IN e assegurando que «a juventude não desarma, a luta é a nossa arma».
Quando a manifestação começou a descer a Rua do Carmo - que também acabou por ser pequena para todos os participantes -, a expressão do protesto foi completada com uma grande faixa, dependurada no passadiço do elevador de Santa Justa, exigindo nova política.
A garantia de que, «com confiança e esperança num futuro melhor, continuamos a exigir e a lutar para mudar de rumo, por uma nova política, por um País mais justo, solidário e soberano», ficou reafirmada na aprovação do Manifesto, após as intervenções de Valter Lóios, coordenador nacional da Interjovem, e Manuel Carvalho da Silva, Secretário-geral da CGTP-IN.