capa_luta_macForam largas as centenas de pessoas que hoje se manifestaram contra o intuito do Governo PSD/CDS em encerrar a Maternidade Alfredo da Costa. Sendo esta a maior unidade assistencial de medicina perinatal e da saúde da mulher de Portugal. É uma instituição pública conhecida pelo seu elevado nível de diferenciação e excelência fruto de equipas multidisciplinares altamente especializadas.
Contrariamente ao que é referido pelo Ministério da Saúde, o número de partos efetuados pela MAC tem vindo a aumentar (2009: 5.244; 2012: 5.328; 2011: 5.583). É neste local que ocorre o maior número de nascimentos do país,  onde é assistido o maior número de bebés prematuros, onde existe o maior centro público de Medicina Reprodutiva. É também um local excelência nos domínios da formação e investigação, sendo o diagnóstico pré-natal e o acompanhamento de grávidas de risco, a maioria encaminhada por outros hospitais e médicos privados uma das suas grandes mais-valias. Numa altura em que são impostos grandes sacrifícios aos portugueses é inadmissível que o Governo anuncie o encerramento da maior maternidade do país e que o faça sem consultar, entre outras, as organizações representativas dos trabalhadores implicados.
Consideramos que este anúncio serve interesses de grupos privados pode constituir grande golpe imobiliário, constitui um grande passo para a destruição do Serviço Nacional de Saúde, coloca em causa o acesso a cuidados de saúde e mostra total desprezo por quem trabalha numa das instituições mais queridas pelos portugueses. Por tudo isto, foi criada a Plataforma em Defesa da Maternidade Alfredo da Costa, integrada pelas organizações dos Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública Sul e Açores (STFPSA), Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) e Comissão dos Utentes de Saúde da Cidade de Lisboa (esta plataforma é aberta a todos aqueles que defendem a manutenção da MAC). Tal como foi referido pelos manifestantes nas palavras de ordem deste protesto, "Lutamos para vencer" e "o povo não vai deixar a maternidade fechar".

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