encontro assédio moral

No dia 7 de Junho a USL/CGTP-IN promoveu um encontro no auditório do STEC, sob o lema "Assédio Moral e Sexual nos locais de trabalho - Conhecer, Indentificar, Intervir e Combater." O Assédio Moral está muito associado à intensificação da exploração, à precariedade, à vulnerabilidade, à chantagem e à repressão nos locais de trabalho. Tem várias dimensões e repercussões na vida pessoal, familiar e laboral dos trabalhadores. Tal como referiu na sua intervenção, o médico Silva Santos, este é um fenómeno subtil mas altamente destrutivo da saúde dos trabalhadores, que tem origem em locais de trabalho "doentes".

encontro assédio moralFátima Messias fez a intervenção de abertura, lembrou que o combate ao assedio sexual e Moral, tem sido desenvolvido um trabalho a partir da Comissão para Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN, Lembrou que o XIII congresso da CGTP aprovou o combate a este flagelo como uma das linhas prioritarias de intervenção sindical.

O Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG) do ISCSP divulgou os resultados do inquérito nacional nesta área que confirmou que 16,5% da população activa em Portugal (mais de meio milhão de pessoas) já foi vítima de assédio sexual e ou moral no local de trabalho.

A jurista Helena Carrilho apresentou os instrumentos jurídicos a serem utilizados nesta forma de violência laboral sobre os trabalhadores bem como as dificuldades existentes e estratégias para as ultrapassar. Interveio ainda a Dra Berenice Ribeiro da ACT sobre a intervenção desta instituição.

Libério Domingues, coordenador desta União, encerrou o encontro apelando à unidade dos trabalhadores, à necessidade de uma intervenção mais efectiva por parte da ACT e da CITE bem como a necessidade dos tribunais serem mais céleres porque justiça tardia não é justiça.

encontro assédio moralNeste encontro ficou bem patente a importância de uma estratégia de intervenção sindical nos locais de trabalho que identifique e combata as situações de assédio bem como promova o apoio das vítimas. Alargar o conhecimento e a identificação desta forma de violência laboral por parte do MSU, dos trabalhadores, dos contenciosos, dos serviços da medicina do trabalho, juristas, instituições e entidades fiscalizadoras.