Os Trabalhadores do Grupo Altice e as suas organizações representativas (ORT) estiveram no dia 13 de Agosto, concentrados no jardim junto à Residência Oficial do 1º Ministro e contaram com a solidariedade dos sindicatos do distrito de Lisboa, contra o despedimento colectivo de cerca de duas centenas de trabalhadores.

 

Esta acção acontece na sequência de um conjunto de lutas que tem vindo a ser desenvolvidas para travar um despedimento colectivo, infundado que coloca no desemprego trabalhadores que ocupam postos de trabalho com vínculo efectivo.

É bom lembrar que este despedimento colectivo é anunciado precisamente num ano em que no primeiro trimestre a Altice Portugal obteve uma receita de 549,1 milhões de euros ou seja mais de 5,1% face ao primeiro trimestre de 2020.

 

Desde o início da privatização da PT, a estratégia prosseguida é única e simplesmente os interesses dos privados, que à custa dos trabalhadores garantem lucros fabulosos, mais precisamente, 204,3 milões de euros nos primeiros três meses de 2021.

 

Perante estes resultados fica evidente que o objectivo do lucro e os interesses dos accionistas, sobrepõe-se aos interesses do país e aos direitos dos trabalhadores. Todo este processo vem demonstrar que colocar sectores estratégicos nas mãos do grande capital estrangeiro é lesivo para o desenvolvimento e progresso do nosso país.

 

Nesta iniciativa os Sindicatos do sector exigiram a intervenção do Governo da República no sentido de salvaguardar os postos de trabalho.

 

Libério Domingues, coordenador da USL disse que é inadmissível o silenciamento total por parte do Governo e acrescentou que as sucessivas alterações efectuadas ao Código do Trabalho têm um efeito desastroso, que é a fragilização dos trabalhadores. Terminou dizendo que é muito importante a unidade que se tem construído em torno da luta contra os despedimentos e em defesa dos direitos dos trabalhadores, porque este é um problema de todos.