O Sindicato do Comércio Escritórios e Serviços (CESP) marcou uma concentração para quinta-feira, 25 de Julho, a partir das 10h30, em frente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa.
O sindicato acusa a União das Misericórdias Portuguesas de rejeitar a atualização do Acordo de Empresa aos trabalhadores da UMP, assim como a celebração de um Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) para os trabalhadores das Santas Casas de Misericórdia (SCM). Segundo o sindicato, estes dois bloqueios à negociação têm resultado, cada vez mais, na desvalorização profissional de milhares de trabalhadores.
No caso dos trabalhadores da UMP, a União pretende que a antiguidade seja "valorizada" com apenas 5 euros a cada 5 anos — deixando trabalhadores com 30 anos de carreira a receber apenas 30 euros a mais que um trabalhador recém-admitido, o que é inadmissível, segundo o comunicado do sindicato.
Quanto aos trabalhadores das Santas Casas de Misericórdia, a UMP recusa-se a aplicar-lhes os direitos consagrados no CCT das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), aos quais, por via da Portaria de Extensão, estes trabalhadores têm direito: ao pagamento de diuturnidades e ao pagamento a dobrar pelo trabalho aos feriados. No que toca aos salários, propõe o mesmo que para quem trabalha na UMP: 5 euros por cada 5 anos de antiguidade, o que resulta em apenas 30 euros a mais que um trabalhador recém-admitido.
O CESP exige respeito e refere, na nota, que no ano passado as instituições da UMP receberam mais 145 milhões de euros do que em 2022 (um aumento de 11%) e com retroativos a Janeiro.