Entre hoje e amanhã os enfermeiros estão em greve pela admissão de mais enfermeiros, que permita minimizar a carência identificada de 25 mil profissionais nos hospitais, centros de saúde, na rede de cuidados continuados, na rede de cuidados paliativos e na rede de cuidados de saúde mental. O SEP considera que o despacho do governo que prevê a abertura de um concurso para 1.000 postos de trabalho, nas instituições do setor público administrativo (centros de saúde, instituto Gama Pinto, INEM, IPST e hospitais de Ovar, Cantanhede, Caldas da Rainha e Torres Vedras, Rovisco Pais e Anadia) é manifestamente insuficiente face às necessidades.
Valorizar os enfermeiros é um investimento dos contribuintes! Há estudos que demonstram que um aumento proporcional de enfermeiros nos serviços diminui a taxa de mortalidade em 7%. Exige-se um plano de admissões de curto e médio prazo que permita prever, temporalmente, quando é que o problema da carência de enfermeiros está resolvido.
O SEP exige, ainda, um plano de retenção de enfermeiros que obrigatoriamente terá que passar pela valorização salarial destes profissionais. Os últimos anos demonstraram que os enfermeiros portugueses são reconhecidamente dos mais competentes dentro e fora da União Europeia. Este reconhecimento tem determinado uma verdadeira “sangria” dos enfermeiros mais experientes e com um percurso profissional consolidado, para vários países. Torna-se premente que o Governo assuma medidas que minimize esta problemática caso contrário, estaremos confrontados, a curto prazo, de falta de referências que permita a transmissão do conhecimento, em contextos clínicos, aos jovens enfermeiros.
