A União dos Sindicatos de Lisboa /CGTP-IN, apoia a Marcha pelo Direito à Saúde que se realiza no próximo dia 20 de Maio, às 15h00 , do campo Pequeno para o Saldanha. Estão a ser realizadas acções de contacto com a população, nos vários interfaces de transporte mas também, junto das unidades de saúde. Neste folheto dá-se a conhecer as principais razões desta Marcha.

O acesso à saúde tem vindo a degradar-se de dia para dia, nomeadamente na região de Lisboa ,nos últimos tempos, os utentes esperam e desesperam para terem acesso aos cuidados primários de saúde, temos vindo a assistir à redução de serviços de urgência em várias especialidades, primeiro foram os de ginecologia e obstetrícia, seguiu-se a pediatria e agora a urologia e a gastroenterologia, tudo isto sob a denominada capa da “reorganização dos serviços de saúde” o que se trata é da redução de oferta de serviços públicos de saúde, nomeadamente em termos de urgência e no horário noturno e aos fins de semana.

Nas últimas décadas no distrito de Lisboa foram encerradas milhares de camas e serviços hospitalares, desinvestiu-se nos cuidados de saúde primários, fazendo aumentar o nº de utentes sem médico e enfermeiro de família, atrasando o diagnóstico e o tratamento de doenças crónicas.

Na Região de Lisboa e Vale do Tejo, há mais de 1 milhão de utentes sem médico de família, representando 70% dos utentes do país que não têm médico de família.

Esta situação está a tornar-se insustentável, quer para os profissionais de saúde com a falta de condições de trabalho e de direitos, quer para os utentes que não conseguem aceder aos serviços públicos de saúde em tempo útil.

Portugal é um dos países da UE onde a despesa corrente em saúde, suportada pelas famílias é mais elevada.

O governo não resolve os problemas do SNS porque não quer, optando por aplicar o dinheiro dos nossos impostos em medidas de cosmética que só beneficiam os grupos económicos de saúde e não garante os direitos fundamentais consagrados na Constituição da República Portuguesa, o SNS Publico Universal gratuito é um direito insubstituível para assegurar a toda a população o direito à saúde.