A determinação e coragem juntou perto de 300 trabalhadores dos vários setores da CM Sintra, que fizeram ouvir a sua voz, junto do executivo da CMS. Desde fevereiro que os trabalhadores aguardam uma resposta às suas justas reivindicações, face à ausência de resposta por parte da autarquia, o  Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, (STAL) promoveu uma concentração junto do Palácio Valência, no dia 17 de Junho, dia em que estava reunido o executivo da Câmara.

O STAL, em representação dos trabalhadores, questionou o executivo sobre a falta de resposta a um conjunto de questões que afetam a vida de alguns trabalhadores, assim exigiu: a reposição do Suplemento de Penosidade e Insalubridade (SPI) aos jardineiros e assistentes operacionais com funções conexas, injustamente retirado, bem como, o pagamento durante o período de férias, conforme previsto na lei.

Denunciaram a falta de condições no Canil Municipal, com a implementação de um terceiro turno com apenas um trabalhador por turno, sem condições de segurança ou presença de médico veterinário. Há escalas alteradas de forma arbitrária e sem respeito pelo acordo coletivo.

Relativamente à Polícia Municipal de Sintra expuseram as práticas graves: coação para alterar horários, proibição de trabalho extraordinário a alguns agentes, alterações unilaterais nas folgas e postos de trabalho, escalas que violam o descanso legal, o ambiente que se vive neste serviço é de medo e desmotivação. No SMAS exigem o pagamento justo e contínuo do SPI, especialmente a trabalhadores da recolha de resíduos urbanos, que lidam diariamente com riscos físicos e biológicos, foram denunciadas as péssimas condições das viaturas e a falta de manutenção por parte das empresas contratadas, os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são inadequados e de má qualidade.

As obras dos balneários continuam paradas, apesar de prometidas há anos, pondo em risco a saúde e segurança dos trabalhadores.

Nesta concentração os trabalhadores assumiram o compromisso de a luta continuar, já no dia 26 de junho, na Assembleia Municipal e na manifestação Nacional a realizar no dia 27.

A USL esteve presente, saudou a luta dos trabalhadores e apelou à necessidade de uma maior participação na luta mais geral.

Foi neste contexto que se chamou a atenção para o programa do Governo, revelador da ofensiva contra os serviços públicos de qualidade, sob a capa da modernização, da digitalização e da simplificação, o Governo prepara-se para entregar aos privados serviços fundamentais que deveriam estar sob alçada do Estado, entregando-os aos grupos económicos, reduzindo a capacidade da Administração Pública, atacando os direitos dos trabalhadores, pondo em causa a contratação de trabalhadores em falta em diversos serviços públicos de qualidade e  próximos das populações.

Esta é uma luta de todos!