O Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) anunciou a realização de uma greve dos trabalhadores da Brisa.
Na última reunião com a empresa, realizada a 11 de novembro, a Brisa voltou a apresentar propostas insuficientes, ignorando os problemas de fundo enfrentados pelos trabalhadores. A postura da empresa demonstra falta de entendimento e de aceitação da justa insatisfação dos trabalhadores e da sua estrutura sindical.
Os trabalhadores reivindicam:
- Aumento de salários para todos;
- Valorização das carreiras profissionais;
- Fim da escala de cinco dias de trabalho seguidos com apenas uma folga;
- Cumprimento integral do Acordo Coletivo de Trabalho;
- Reclassificação profissional, nomeadamente para ajudantes de obra civil e operadores de patrulhamento.
O CESP denuncia que, apesar de a Brisa ter aumentado os seus lucros seis vezes nos últimos dez anos, a empresa continua a desconsiderar as necessidades dos trabalhadores, ignorando a urgência de recuperar o poder de compra perdido e valorizar as carreiras profissionais.
Face à unidade e ao descontentamento dos trabalhadores, a empresa tem tentado boicotar a greve, alegando que os grevistas poderão ser penalizados. Contudo, a estrutura sindical ligada à CGTP-IN esclareceu, em comunicado, que a greve é um direito constitucional e não pode ser considerada nem falta injustificada nem falta justificada, sendo, sim, um exercício legítimo de manifestação.
O sindicato reforça que a luta dos trabalhadores é justa: “Juntos, mostraremos que não aceitamos menos do que aquilo que merecemos!”