50 ANOS USL

Em frente à Associação Empresarial Privada do Setor Automóvel (ACAP) em Lisboa, pelas 11h00, teve lugar uma concentração de trabalhadores do setor automóvel. 

Estes fizeram ouvir as suas justas razões, lutam pela negociação do Contrato coletivo de trabalho (CCT) para 2025, que dignifique o trabalho e valorize os trabalhadores

Os Sindicatos e a FIEQUIMETAL fez sair um Comunicado do setor automóvel em Portugal denunciando os lucros fabulosos deste setor, em 2024 faturou 42,6 mil milhões de euros, gerando 10,9 mil milhões de euros em receitas fiscais. A produção de veículos aumentou 4,5 por cento, atingindo o segundo melhor resultado da década.

O patronato não estando satisfeito com estes resultados, não hesitou em avançar com propostas e práticas para diminuir direitos e aumentar ainda mais a exploração, propondo:

  • O aumento e a desregulação do tempo de trabalho, procurando impôr 60 horas semanais e 12 horas diárias, à vontade do patrão;
  • A polivalência e desqualificação, transformando 153 categorias profissionais em apenas 27 e eliminando 54 profissões;
  • A redução do pagamento do trabalho suplementar e a eliminação do descanso compensatório;
  • A imposição de ritmos de trabalho desumanos, com consequências para a saúde dos trabalhadores;
  • A redução do número de horas para a formação profissional.

Face a esta contraproposta os trabalhadores uniram-se em torno dos seus sindicatos e da FIEQUIMETAL e vieram para a rua denunciar e exigir à ACAP e às demais associações do setor:

  • A redução do horário de trabalho para as 35 horas, o fim da utilização abusiva do trabalho extraordinário, quando efetuado deve ser pago devidamente e garantido o descanso compensatório. 
  • O respeito pelos horários de trabalho de forma a permitir a conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar.

As más condições de trabalho, são fatores que contribuem para a formação de doenças profissionais e acidentes de trabalho assim como a falta de formação profissional, cabe às entidades patronais garantir formação profissional aos trabalhadores e prevenir os riscos profissionais e a promoção da saúde. São estas as principais reivindicações dos trabalhadores do setor automóvel.