No dia 16 de Julho a CGTP-IN promoveu um debate em lisboa, sobre teletrabalho e a automação. A Iniciativa contou com a participação de Joaquim Dionísio, advogado, que fez um enquadramento do teletrabalho em termos da legislação de trabalho e da constituição, alertou para os perigos da individualização da relação de trabalho.

A saúde mental dos trabalhadores em teletrabalho, foi um tema abordado pelo médico psiquiatra Dr. Manuel Jara, que alerta para o perigo dos trabalhadores não desligarem, dos malefícios da ausência de relações sociais, e da importância do local de trabalho, a sua não frequência, potencia a desvinculação do local e da empresa. Chamou a atenção sobre informação e comunicação produzida sobre este assunto, está feita para sugestionar as pessoas para a Inevitabilidade do teletrabalho, quando não tem de ser assim.

O Professor Rogério Reis, falou-nos sobre as contradições que podem emergir nas relações laborais com a digitalização e automação do processo produtivo. Na sua comunicação falou-nos da importância automação como esta libertou-nos das más condições de trabalho, mas também é importante lembrou, “quem detém os meios de Produção é quem lucra!”

Isabel Camarinha Secretária Geral da CGTP-IN, encerrou o debate valorizando o contributo da discussão e que a CGTP tem posição e é muito clara, seja esta sob a forma de automação, digitalização ou aposta na inteligência artificial: a tecnologia, em si fruto do trabalho, deve ser colocada ao serviço dos trabalhadores e das suas condições de vida e de trabalho, ao serviço do desenvolvimento soberano do país, dando um contributo para a promoção da coesão social e territorial.

Ler intervenção da Secretária Geral.