CGTP-IN ASSINALA O DIA INTERNACIONAL DA MULHER EM LISBOA E POR TODO PAÍS

No dia 8 de Março a Comissão Distrital de Mulheres da União dos Sindicatos de Lisboa, realizou uma Marcha no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher, sob o lema, "Afirmar a Igualdade cumprir a Constituição". O Dia Internacional da Mulher foi assinalado, através de um percurso que teve paragens por alguns locais de trabalho, organismos e unidades de saúde, procurando em cada um deles alertar e denunciar questões concretas associados à vida das Mulheres trabalhadoras no distrito de Lisboa. 

Ler resolução aprovada na marcha de Lisboa.

A marcha teve início na Maternidade Alfredo da Costa, uma unidade de saúde materno infantil de referência nacional e que, apesar das intenções do anterior Governo, por força da luta da população e dos trabalhadores e trabalhadoras organizados nos sindicatos, nas organizações de mulheres, não encerrou, foi valorizado luta desenvolvida e a intenção de  continuar a lutar em defesa da MAC e do SNS.

De seguida passaram pelo Hotel Sheraton Lisboa, unidade hoteleira que integrou no despedimento colectivo duas trabalhadoras, activistas sindicais, com filhos pequenos.   Apesar do parecer desfavorável ao despedimento por parte da CITE,   o processo não está terminado! 

Neste local denunciamos a tentativa de violação dos direitos de maternidade paternidade bem como o exercício e a actividade sindical que não podem ser violados! 

Esta marcha também passou e parou no Pingo Doce, empresa onde prolifera o desrespeito pela contratação colectiva e a desregulação dos horários de trabalho. São sobretudo mulheres que diariamente sofrem as consequências dos horários crescentemente anti-sociais, a insistência do patronato em querer impor o banco de horas e adaptabilidades, com enorme prejuízo para a saúde e para a organização da sua vida pessoal e familiar. 

Encabeçaram a marcha as representantes sindicais da Triumph Internacional, empresa têxtil de maior dimensão no nosso distrito, que pretende deslocalizar a sua produção para outros países onde a mão-de-obra é mais barata. São 530 trabalhadoras, têxteis qualificadas, que estão na eminência de ficar sem emprego!

As trabalhadoras entregaram um pedido de reunião no AICEP, atendendo à necessidade  do governo tomar medidas no sentido da criação de emprego de qualidade e do investimento no sector produtivo, como condições fundamentais para o desenvolvimento do nosso do nosso distrito e do país, por ultimo passamos por um balcão do Novo Banco, onde o sindicato denunciou a luta que se está a desenvolver contra os despedimentos.

A Marcha terminou junto ao Ministério da Trabalho com intervenções: de Celia Portela da CDIMH e do Secretário-geral, Arménio Carlos, e a aprovação de uma resolução lida por Anabela Silva do SIESI.

A delegação foi constituída pelas trabalhadoras e activistas sindicais em representação: da Triumph Internacional, do Novo Banco, Sindicato da hotelaria, União e da CGTP, reuniram com assessora do Ministro e chefe de Gabinete, onde foi dado a conhecer as nossas reivindicações das mulheres no distrito.