Estivemos, uma vez mais, do lado certo, do lado da defesa dos interesses dos trabalhadores e dos povos! Na defesa intransigente da paz! Uma defesa que é urgente pois a escalada armamentista e as sanções afectam violentamente as condições de vida dos trabalhadores e dos povos, enquanto as multinacionais do armamento, da energia, da alimentação e da distribuição acumulam fabulosos lucros. São estes aqueles a quem interessa que as várias guerras se perpetuem porque, quanto mais tempo durarem, mais engrossam os seus fabulosos lucros independentemente do número de vítimas ou do grau de destruição dos países.

Servem-lhes ainda como justificação para abrir novas vias para a ofensiva sobre os direitos e salários, sobre os serviços públicos e sobre as funções sociais dos estados.

A CGTP-IN expressa a sua solidariedade com os povos atingidos pela guerra, embargos, bloqueios e sanções, nomeadamente com os povos da Ucrânia, do Iémen, da Síria, do Iraque, da Líbia, de Moçambique, de Cuba, da Venezuela, da Palestina, do Saara Ocidental, entre tantos outros.

Ao mesmo tempo, acentua-se a promoção do fascismo, da xenofobia e do racismo, bem como a limitação de direitos e liberdades. Impõe-se, por isso, uma intervenção forte e a luta determinada dos trabalhadores e dos povos em defesa das liberdades e da democracia; a solidariedade e o apoio a refugiados e imigrantes, incluindo o combate às causas que estão na sua origem, desde logo, às guerras, ingerências e discriminações, que causam sofrimento, miséria e procura de refúgio, mas igualmente a quaisquer manifestações de racismo e xenofobia, garantindo-lhes todos os direitos, nomeadamente laborais e sociais.

Trabalhar para a construção paz é uma obrigação de todos os que aspiram a uma sociedade mais justa, onde todos possam aceder à educação, à cultura, à saúde, à segurança social, à estabilidade na vida, ou seja, o progresso social e o bem-estar de toda a humanidade apenas é possível na ausência de conflitos armados, ingerências e sanções económicas.

É necessário que continuemos a desenvolver acções que pressionem o Governo português a não contribuir para o agravamento dos conflitos, do militarismo, das guerras e para que cumpra os princípios da Constituição da República Portuguesa, como o direito à autodeterminação dos povos, a não ingerência nos assuntos internos de outros Estados, a solução pacífica dos conflitos internacionais, a dissolução dos blocos político-militares e que contribua para que, no quadro da ONU, se desenvolva uma acção consequente pelo desarmamento geral, simultâneo e controlado, e pela eliminação das armas nucleares bem como que assegure a ratificação, pelo Estado Português, do tratado que visa a proibição das armas nucleares, pela segurança e a paz na Europa e no mundo.

A CGTP-IN apela aos trabalhadores para que, em unidade, reforcem a luta pela paz, contra a exploração, por uma sociedade em que os seus direitos sejam respeitados e consagrados e o seu trabalho sirva o desenvolvimento e a realização de todos e não apenas de uma pequena minoria que usurpa, em seu proveito, o trabalho de quase toda a Humanidade.