Hoje os trabalhadores trabalhadores das Cantinas, Refeitórios, áreas de Serviço, Bares Concessionados, Restauração, Bebidas e Alojamento, concentraram-se junto à principal associação patronal do o (AHRESP), em Lisboa.
A situação económica dos setores das Cantinas, Refeitórios, áreas de Serviço, Bares Concessionados, Restauração, Bebidas e Alojamento é boa, muito por força do crescimento do turismo e do aumento dos preços praticados, no entanto, os salários dos trabalhadores destes setores continuam a ser muito baixos, os mais baixos a nível nacional.
Segundo os dados do INE em março de 2024, o setor do alojamento turístico registou 2,3 milhões de hóspedes (+12,2%) e 5,7 milhões de dormidas (+12,8%), gerando 405,8 milhões de euros de proveitos totais (+20,1%) e 303,3 milhões de euros de proveitos de aposento (+21,1%) e o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 50,1 euros (+15,2%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 96,9 euros (+11,7%), bem como na restauração onde os preços das refeições subiram, ultrapassando largamente a inflação, e os resultados obtidos têm sido fabulosos.
A associação patronal AHRESP adiou sucessivamente as reuniões de negociações solicitadas pela FESAHT desde outubro de 2023 para rever os salários para 2024.
Quando finalmente reuniu com a FESAHT esta associação patronal, apresentou uma contraproposta assente em baixos salários (há valores abaixo do SMN) na retirada de direitos, bem como volta a propor bancos de horas, horários concentrados e a adaptabilidade de horário.
Além disso, a AHRESP recusou todas as propostas sindicais que visavam a melhoria das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores.
Assim, os trabalhadores destes setores realizaram hoje um dia de greve para exigir:
- Negociação da contratação coletiva;
- Aumentos salariais dignos e justos para todos os trabalhadores;
- Redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais;
- 25 dias úteis de férias para todos os trabalhadores;
- Pagamento do trabalho ao fim de semana com um acréscimo de 25%;
- Pagamento do trabalho por turnos e dos horários repartidos com um acréscimo mensal de 25%;
- Pagamento de um subsídio de risco nas cantinas dos hospitais;
- Regime de cinco diuturnidades no valor individual de 25 euros para valorizar a antiguidade;
- Defesa dos direitos dos trabalhadores e contra os retrocessos sociais.